Psicólogos estudam 'Baixa Inibição Latente'

  

  Jordan Peterson da Universidade de Toronto e seus co-pesquisadores - autor do estudo e professor de psicologia Shelley Carson, da Universidade de Harvard de Artes e Ciências e o candidato a PhD de Harvard, Daniel Higgins publicaram um artigo na edição de setembro de 2003 do "Journal of Personality e Social Psychology" no qual afirma que o cérebro de pessoas criativas parecem ser mais aberto a estímulos do ambiente. Cérebros de outras pessoas podem fechar essa mesma informação através de um processo chamado de "inibição latente" - definido como a capacidade inconsciente de um animal de ignorar estímulos que são irrelevantes para as suas necessidades. 

     

   Através de testes psicológicos, os pesquisadores mostraram que as pessoas criativas são muito mais propensas a ter baixos níveis de inibição latente.   Eles administraram testes de inibição latente para estudantes de Harvard. Aqueles classificados como eminentes empreendedores criativos - os participantes menores de 21 anos que relataram pontuações excepcionalmente altas em uma única área de realização criativa - tinham sete vezes mais chances de ter pontuações baixas de inibição latente.    

      

  Anteriormente, os cientistas associavam a falta de filtrar estímulos com psicose, mas há hipótese de que também pode contribuir para o pensamento original, especialmente quando combinada com QI alto.  Os autores sugerem que a inibição latente pode ser positivo quando combinado com grande inteligência e boa memória de trabalho - a capacidade de pensar sobre muitas coisas de uma só vez - mas negativo se não souber administrar. Peterson afirma: "Se você está aberto a novas informações, novas idéias, é melhor você ser capaz, de forma inteligente, de editar cuidadosamente e escolher. Se você tem 50 idéias, apenas duas ou três são susceptíveis de ser boas. Você tem que ser capaz de discriminar ou vai ficar congestionado ".     

     

    Os cientistas se perguntaram por um longo tempo porque a loucura e a criatividade parecem ligadas, diz Carson: "Parece provável que os níveis baixos de inibição latente e flexibilidade excepcional do pensamento podem predispor a doenças mentais sob algumas condições e à realização criativa em outras.  Uma mente menos capaz tem uma maior facilidade de filtrar e ignorar estímulos. Uma pessoa menos inteligente, com baixo nível de inibição latente para filtrar estímulos, pode afundar a uma doença mental como resultado. Mas uma mente inteligente pode lidar com os efeitos e administrar um número maior de estímulos e até mesmo encontrar padrões interessantes e úteis por continuamente processar uma quantidade maior de informações.    

      

  "A pessoa normal classifica um objeto, e depois esquece, mesmo que esse objeto é muito mais complexo e interessante do que ele ou ela pensa. A pessoa criativa, por outro lado, está sempre aberto a novas possibilidades. " diz Peterson.

Fonte: www.lowlatentinhibition.org